Os dois amistosos contra o Japão, no final de maio e início de junho foram decisivos para Fátima Dutra convencer o técnico Arthur Elias de que deveria estar na lista de convocadas da Seleção Brasileira para a Copa América de futebol feminino, a partir de 12 de julho, no Equador.
A lateral-esquerda retornou ao Brasil em agosto do ano passado, quando foi repatriada pela Ferroviária de Araraquara, após deixar o Sporting de Lisboa.
Além das participações nos amistosos diante das japonesas, as atuações no Paulistão de 2024 e, principalmente, no Brasileirão desse ano, deixaram o técnico da Seleção convicto de que a lateral de 25 anos deveria ser convocada para a competição sulamericana.
“Fiquei muito feliz. Se eu disser que nem existia otimismo, estaria mentindo. Claro que havia. Mas sempre com os pés no chão. Pois só tinha ido para uma convocação antes da convocação para uma competição oficial”, comenta Fátima.
Entrega e comprometimento tático
Fátima Dutra é formada no clube Menina Olímpica, de Fortaleza (CE), sua terra natal.
Em 2019, deixou o Brasil para atuar em Portugal muito jovem, aos 20 anos, após trocar o Ceará pelo Torrense.
Do pequeno clube de Portugal, ela se transferiu para o Sporting e percebeu seu crescimento tático no futebol europeu.
“Acho que meu momento no clube (Ferroviária) e minha entrega em campo contribuíram para a convocação. Mas a evolução do meu jogo, tudo que aprendi muito lá em Portugal, principalmente na parte tática e na tomada de decisão, também pesaram para o treinador me incluir na lista”, avalia
A despeito de ter enriquecido seu jogo em Portugal, Fátima tem a convicção de estar em um clube de ponto no futebol feminino brasileiro também tem ajudado.
“Isso tem sido fundamental. O nível de exigência é alto e isso me preparou melhor para estar na Seleção”, complementa a lateral.