Dos 20 clubes que disputam atualmente a Série A do Campeonato Brasileiro, somente seis mantêm em atividade as três principais categorias de base do futebol feminino: sub-15, sub-17 e sub-20. São eles: Corinthians, São Paulo, Vasco, Grêmio, Internacional e Juventude.
O levantamento revela um cenário de baixa estruturação das categorias formadoras entre as equipes da elite, mesmo com o crescimento da modalidade nos últimos anos e com a pressão por parte de federações e competições internacionais para que os clubes invistam em suas bases.
Desmanche na base e falta de equipes completas
Um dos casos mais recentes é o do Cruzeiro, que pouco após conquistar o título mineiro sub-17 anunciou o encerramento dessa categoria. A diretoria das Cabulosas justificou a decisão como parte de um processo de “reestruturação interna”.
Outro clube que reduziu seus investimentos foi o Fortaleza, que encerrou o time sub-20 e optou por não disputar a Copa São Paulo Feminina em 2026, torneio que ocorre em dezembro deste ano.
Há cenários ainda mais graves: o Mirassol sequer possui equipe feminina, apesar de estar próximo de disputar a Copa Libertadores masculina. Pela regulamentação da Conmebol, o clube é obrigado a ter um time feminino profissional e corre contra o tempo para montar a estrutura mínima exigida.
Sub-15: oito clubes envolvidos
Na categoria sub-15, além dos seis clubes que mantêm todas as divisões (Corinthians, São Paulo, Vasco, Grêmio, Inter e Juventude), Bahia e Vitória também desenvolvem trabalhos de base com suas equipes mais jovens.
Sub-17: nove clubes em atividade
No sub-17, a quantidade de clubes participantes cresce, mas nem todos mantêm continuidade até o sub-20. Entram nessa lista: Corinthians, São Paulo, Vasco, Grêmio, Internacional, Juventude, Sport, Fortaleza e Bahia.
O Cruzeiro, que integrava essa faixa etária, encerrou a categoria recentemente.
Sub-20: ausência pesa em três clubes
Na categoria mais próxima da transição para o time profissional, o sub-20, Fortaleza, Sport e Bahia atualmente não possuem equipes. O cenário preocupa especialmente porque é justamente essa categoria que abastece de forma mais direta o elenco principal, influenciando o nível técnico e o planejamento a médio prazo.





