Foi com um misto de surpresa e insatisfação que os dirigentes de Marília, Pinda e São José reagiram à decisão da Federação Paulista de Futebol (FPF) de reduzir o número de 11 para oito clubes participantes do Paulistão Feminino de 2025.
O anúncio da mudança ocorreu na reunião do conselho técnico da competição, no último dia 21.
As agremiações ouvidas pelo Diário do Futebol Feminino afirmam que, diferente dos anos anteriores, a decisão foi imposta pela FPF.
“Nos comunicaram (sobre a mudança). Não foi como sempre acontece, quando se coloca uma ideia na mesa, abre para votação dos clubes e se chega a um acordo. Dessa vez impuseram. E claro que desagradou”, afirma ao Diário um dirigente de um dos clubes “excluídos”.
Compromissos comprometidos
O trio também se queixa que a decisão da federação prejudica a temporada em diversos aspectos, principalmente o financeiro.
Eles reclamam que fecharam acordos com patrocinadores e contratos com atletas com a certeza de que disputariam a competição de elite do Estado.
“Nossa palavra ficou comprometida com essas pessoas”, queixa-se o representante de uma das agremiações.
Os três times ainda receberão esse ano a cota de participação de R$ 3,3 milhões dados aos oito times que disputarão o Paulistão a partir de maio.
São eles: Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Ferroviária, Red Bull Bragantino, Santos, Taubaté e Realidade Jovem.
Conforme antecipou o Diário do Futebol Feminino no dia 3 de março, a FPF já tinha desenhado a mudança no formato do Paulistão, com a redução de 11 para oito clubes.
Além disso, aumentaria a Taça Paulistana de quatro para oito participantes.
A surpresa ficou por conta do corte do São José, 7º colocado no estadual de 2024.
Segundo a FPF, o clube do Vale do Paraíba não atingiu os critérios administrativos e desportivos para ter o licenciamento.
O Campeonato Paulista começa dia 7 de maio, com final prevista para 14 de dezembro.