O futuro se anuncia com a venda recorde de Amanda Gutierres

venda recorde Amanda Gutierres
Amanda Gutierres foi vendida para o Boston Legacy, dos Estados Unidos, por U$ 1,1 milhão. (Foto: abio Menotti/Palmeiras)

A venda de Amanda Gutierres, artilheira histórica do Palmeiras, por um valor recorde ao Boston Legacy, dos Estados Unidos, é um marco que transcende os limites do esporte. Não se trata apenas da maior negociação do futebol feminino brasileiro, mas de um símbolo inequívoco da transformação de mercado que está em curso.

O que antes parecia um investimento de risco, hoje se mostra como uma estratégia de negócios de alto impacto. US$ 1,1 milhão mais bonificações não representam apenas cifras; representam o reconhecimento da atleta como um ativo valioso, que gera retorno em performance esportiva, visibilidade de marca e engajamento de torcedores. Esse movimento sinaliza que o mercado começa a compreender o potencial de monetização, desenvolvimento e impacto social do futebol feminino.

Valorização

No plano econômico e financeiro, esta operação inaugura um novo patamar: abre espaço para um ciclo virtuoso de transferências, valorização de contratos e maior atratividade para patrocinadores nacionais e internacionais. Em perspectiva, estamos diante de um setor capaz de dobrar seu valor de mercado em poucos anos, seguindo a curva de crescimento já consolidada no futebol masculino, mas agora com a vantagem de não repetir erros do passado.

Ambiente fértil

Sob a ótica empreendedora, a notícia mostra que clubes e dirigentes precisam enxergar o futebol feminino como um ambiente fértil para inovação. A reinversão do valor arrecadado em centro de excelência e tecnologia é uma decisão estratégica que aponta para um futuro sustentável, no qual o futebol feminino não é apenas mantido, mas projetado para liderar.

Exemplo

No campo social e cultural, esse movimento fortalece narrativas de igualdade, diversidade e inspiração para novas gerações. A transferência de Amanda não é apenas uma vitória individual: é a prova de que o talento brasileiro pode, e deve ser reconhecido como produto de exportação de excelência.

Em 2027, o Brasil será palco da Copa do Mundo Feminina. Até lá, negócios como esse deverão se multiplicar, criando um ecossistema sólido, rentável e inclusivo. O futuro já não é uma promessa: é uma realidade em construção.

O futebol feminino brasileiro está em ascensão, e investir nele deixou de ser uma opção. Tornou-se uma necessidade estratégica para quem deseja participar de um dos mercados mais promissores da próxima década.

Foto de Edinalva Brito Gomes

Edinalva Brito Gomes

Advogada Desportiva, especialista em Direito no Futebol, Prática advocatícia em Direito Família e Cível. Pós-graduada em Direito Público - Direito e Processo Trabalhista. Membro da Comissão Direito Desportivo da OAB/ES e Membro do Tribunal de Justiça Desportiva Unificado - TJDU/ES. Presidente da CAAES Mulher, Coordenadora da Seleção de futebol Capixaba de advogadas 2022/2023, Vice-Presidente da Diretoria CAAES Esportes e Coordenadora das Modalidades de Esportes Femininos da CAAES. Presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher (COMDDIM-VV). Presidente Fundadora do Projeto Sempre Vivas ES. Ao longo da trajetória profissional, tem se dedicado à prática advocatícia com um enfoque humanista, sempre buscando promover a justiça e os direitos humanos, com uma atuação marcada pelo compromisso com a ética, a responsabilidade social e a liderança.

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