O futebol feminino vive um momento de ampla ascensão. A modalidade, que superou incontáveis obstáculos para chegar até aqui, tem caminhado firme para sua consolidação no cenário esportivo mundial.
Ligas fortes na Europa e nos Estados Unidos, com contratações de alto investimento e atletas com cada vez mais interesse entre os torcedores e a mídia, são demonstrações do quanto o futebol feminino tem avançado nos últimos 10 anos.
Reveses existem e ainda são muitos a serem superados, principalmente nos países onde muitos clubes ainda encontram dificuldades para remunerar adequadamente as atletas, como, por exemplo, alguns times no Brasil.
Mas o cenário é de grande otimismo para o futuro, principalmente com o crescimento da liga nacional, o investimento de clubes tradicionais do país e a chegada da Copa do Mundo em 2027, com sede no Brasil.
Introdução ao Futebol Feminino
O Que é Futebol Feminino?
O futebol feminino foi criado no final do século XIX, na Inglaterra, mas sua popularização só ganhou notoriedade nas últimas três décadas.
Alvo de preconceito e completa falta de reconhecimento na sociedade, a modalidade por muitas vezes chegou a ser marginalizada.
No Brasil, por exemplo, a prática deste esporte chegou a ser proibida até 1979, quando após 38 anos de boicote o governo reconheceu a relevância da modalidade para as mulheres.
A partir da década de 1990, o futebol feminino ganhou fôlego e passou a ser desenvolvido em diversos países pelo mundo, graças a criação de federações internacionais e a formação ligas nacionais.
Prova de sua relevância no cenário futebolístico é o número de países filiados à Fifa. Atualmente, conforme o ranking mais recente da entidade que comanda a modalidade, 195 países são representados por suas seleções, nas diversas competições pelo mundo, dentre elas a Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA.
A Importância do Futebol Feminino no Esporte Global
Nos últimos tempos, o futebol feminino superou boa parte do preconceito e ganhou notoriedade mundial. Gradativamente, depois de muita luta, o esporte começa a ver com mais clareza o desejo por igualdade e respeito no esporte.
São exemplos desse crescimento a National Women Super League (NWSL), nos Estados Unidos, e a FA Women’s Super League, na Inglaterra, que viraram verdadeiros palcos para jogadoras talentosas de todos os cantos do mundo.
Porém, o caminho ainda é árduo. A diferença salarial entre homens e mulheres no futebol é gritante.
Para se ter uma ideia, em 2023 a brasileira Marta, maior expoente da história do futebol feminino, recebia por temporada no Orlando Pride, seu time nos EUA, o correspondente a 0,8% do salário que o atacante Neymar faturava no Paris Saint-Germain, da França, no mesmo período.
Em que pese a desigualdade, competições como as Copas do Mundo de 2019 e 2023, Eurocopa de 2022, e as Olimpíadas de 2024 colocaram o futebol feminino nos holofotes e mostraram que a modalidade já não pode ser mais ignorada.
As mídias sociais também tem impulsionado a divulgação, amplificando a voz das jogadoras e levantando bandeiras por condições melhores. Além disso, diversas iniciativas mundiais têm dado incentivo para cada vez mais meninas praticarem o futebol, plantando as sementes da próxima geração de jogadoras.
História do Futebol Feminino
Origem e Evolução do Futebol Feminino
Desde o final do século XIX, o futebol feminino tem uma história cheia de altos e baixos. Naquela época, algumas mulheres começaram praticar o esporte e desafiar as regras invisíveis impostas pela sociedade. Desde então, a trajetória foi de muita luta e superação, mas também com momentos históricos.
Nos anos 1920, na Inglaterra, o futebol feminino começou a chamar atenção. Mas, uma medida imposta pela Football Association (FA) decidiu que o futebol seria uma modalidade praticada exclusivamente por homens. Em 1921, os jogos femininos foram proibidos em estádios, em um veto que durou até 1971, deixando as mulheres fora do futebol por meio século.
O baque foi enorme, mas o futebol feminino conseguiu ressurgir, ainda que gradativamente, em diversas partes do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, surgiu a Women’s United Soccer Association (WUSA), em 2001, uma liga profissional que prometia elevar o profissionalismo na modalidade.
A iniciativa durou apenas três anos, mas plantou uma semente no país. Dessa raiz, nasceu a National Women Super League (NWSL), que hoje é um alicerce para as mulheres dos EUA.
Poucos anos antes, em 1991, a FIFA organizou a primeira Copa do Mundo de Futebol Feminino, na China. Desde então, a competição só cresceu, com destaques para os mundiais de 2019, na França, e 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, com recordes de audiência, deixando claro que o mundo precisava prestar atenção nessa realidade.
Outro momento marcante foi a estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos, em 1996, em Atlanta, nos EUA. Talvez esse tenha sido o primeiro momento de visibilidade global à modalidade e que motivou muitos países a investirem no desenvolvimento do esporte.
Fora das quatro linhas, duas estrelas do futebol feminino merecem destaque: Marta, a rainha brasileira, e Megan Rapinoe, a ativista norte-americana, são exemplos de quem não apenas brilha dentro de campo, mas também lutam por igualdade, justiça e respeito, usando suas plataformas para fazer a diferença.
Hoje, o futebol feminino vive uma ascensão. As ligas estão crescendo, o investimento aumenta entre os clubes, e os torcedores estão cada vez mais engajados.
Essa história de lutas e conquistas é um lembrete poderoso de que a paixão e a resiliência podem mudar o jogo. E para o futuro o cenário é promissor, com as mulheres cada vez mais preparadas e estimuladas dentro e fora de campo.
A Legalização e Popularização do Futebol Feminino
Após anos de batalhas e preconceitos, a legalização do futebol feminino abriu caminhos que pareciam impossíveis. Na década de 1990, a FIFA criou competições importantes, como a Copa do Mundo e o Torneio Olímpico de Futebol Feminino.
A primeira edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, em 1991, foi o pontapé inicial para algo muito maior. Na época, o torneio estava longe do brilho e atenção que desperta a versão masculina. Mas foi nessa competição que países como os Estados Unidos e a Alemanha viram que valia a pena investir na modalidade.
A partir daí, começaram a surgir as ligas nacionais nesses dois país, com o fomento para talentos e a criação de programas que fossem capazes de revelar novas atletas.
Com o passar dos anos, outras federações seguiram o mesmo caminho e o futebol feminino foi ganhando força. A virada mesmo veio em 1999, quando os Estados Unidos sediaram a Copa do Mundo, com uma final com 90 mil pessoas, no Rose Bowl, na Califórnia, e uma atmosfera digna de uma final de mundial.
Depois disso, o interesse pela modalidade explodiu, não só por lá, mas em vários cantos do mundo.
Principais Campeonatos de Futebol Feminino
Copa do Mundo de Futebol Feminino
Desde que nasceu a Copa do Mundo de Futebol Feminino, em 1991, o torneio tem sido uma vitrine para as grandes estrelas da modalidade. A primeira edição, na China, reuniu 12 seleções e viu os Estados Unidos levantarem a taça. De lá pra cá, a competição cresceu, passando a contar com 24 times e conquistando corações em todos os cantos do mundo.
Desde 1991, os Estados Unidos conquistaram quatro edições: 1991, 1999, 2015 e 2019. A Alemanha faturou os campeonatos de 2003 e 2007.
A edição mais recente, em 202,3 na Austrália e na Nova Zelândia, a FIFA divulgou que o torneio, vencido pela Espanha, movimentou nada menos que 570 milhões de dólares, algo em torno de 2,7 bilhões de reais.
A Copa de 2023 ainda bateu recordes. Com quase dois milhões de torcedores nos estádios, pra ser exato, foram 1.978.274 no total, com uma média de 30.911 por partida. Ainda foram marcados 164 gols no total, superando os 146 marcados na Copa de 2019, na França.
Histórico da Copa do Mundo
Ano | Campeã | Vice-campeã | 3º Lugar | 4º Lugar |
1991 | Estados Unidos | Noruega | Suécia | Alemanha |
1995 | Noruega | Alemanha | Estados Unidos | China |
1999 | Estados Unidos | China | Brasil | Noruega |
2003 | Alemanha | Suécia | Estados Unidos | Canadá |
2007 | Alemanha | Brasil | Estados Unidos | Noruega |
2011 | Japão | Estados Unidos | Suécia | França |
2015 | Estados Unidos | Japão | Inglaterra | Alemanha |
2019 | Estados Unidos | Holanda | Suécia | Inglaterra |
2023 | Espanha | Inglaterra | Suécia | Austrália |
A Copa do Mundo em Números
Maior campeão: Estados Unidos, com 4 títulos
Mais vezes finalistas: Estados Unidos, com 5 finais
Maior artilheira: Marta, com 17 gols
Mais jogos disputados: Kristini Lilly, com 30 jogos
Mais Copas disputadas: Formiga, com 7 (1995, 1999, 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019)
Mais experiente a disputar uma Copa: Formiga, com 41 anos e 112 dias no Mundial de 2019
Jogos Olímpicos e Futebol Feminino
O futebol feminino foi introduzido nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta, e desde então tem sido uma das competições mais emocionantes e disputadas da Olimpíada. A inclusão do futebol feminino nas Olimpíadas foi um marco para o esporte, pois deu ainda mais visibilidade ao futebol feminino e ajudou a consolidá-lo como um esporte competitivo ao nível mundial.
A seleção dos Estados Unidos tem sido uma das grandes vencedoras das Olimpíadas, conquistando quatro medalhas de ouro (1996, 2004, 2008 e 2012). A equipe brasileira, com destaque para a lendária Marta, também se destacou nas Olimpíadas, conquistando a medalha de prata em 2004, 2008 e 2024.
A História do Futebol Feminino nas Olimpíadas
Ano | Ouro | Prata | Bronze | 4º Lugar |
1996 | Estados Unidos | China | Noruega | Brasil |
2000 | Noruega | Estados Unidos | Alemanha | Brasil |
2004 | Estados Unidos | Brasil | Alemanha | Suécia |
2008 | Estados Unidos | Brasil | Alemanha | Japão |
2012 | Estados Unidos | Japão | Canadá | França |
2016 | Alemanha | Suécia | Canadá | Brasil |
2020 | Canadá | Suécia | Estados Unidos | Austrália |
2024 | Estados Unidos | Brasil | Alemanha | Espanha |
Ligas Nacionais e Internacionais
Nos últimos tempos, as ligas internacionais têm crescido significativamente. Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Espanha e França são campeonatos extremamente fortes, com grandes estrelas da modalidade.
Ainda na Europa, a UEFA Women’s Champions League desde 2001 é uma competição que reúne os melhores clubes do mundo. Lyon, Barcelona e Bayern de Munique são alguns dos gigantes que participam desse torneio.
Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, a National Women’s Soccer League (NWSL) é outro destaque no cenário mundial, desde que foi criada, em 2012. A liga tem clubes fortes como Orlando Pride, Portland Thorns FC, North Carolina Courage e Chicago Red Stars.
No Brasil, o Brasileirão Feminino cresce a cada ano. Desde 2013, os grandes clubes do país têm feito grandes investimentos, com patrocínios cada vez maiores.
Com todo esse movimento, esses campeonatos têm atraído uma audiência crescente, apoiadas pelas transmissões de jogos, a cobertura maior dos veículos de comunicação e a divulgação nas redes sociais.
Maiores Contratações da História
- Naomi Girma (do San Diego Wave para o Chelsea) – R$ 6,6 milhões (1,07 milhão euros)
- Racheal Kundananji (do Madrid CFF para o Bay FC) – R$ 4,4 milhões (805 mil euros)
- Barbra Banda (do Shanghai Shengli para o Orlando Pride) – R$ 3,8 milhões (681 mil euros)
- Priscila (do Internacional para o América/MEX) – R$ 2,8 milhões (453 mil euros)
- Mayra Ramírez (do Levante para o Chelsea) – R$ 2,6 milhões (500 mil euros)
Grandes Jogadoras da História
Ícones do Futebol Feminino
- Marta (Brasil): Com cinco prêmios de Melhor do Mundo pela FIFA entre 2006 e 2010, Marta não só gravou seu nome na história, mas também cravou seu lugar como a maior artilheira das Copas do Mundo. Além de artilheira, a atacante é muito habilidosa, com dribles curtos e assistências perfeitas. Fora de campo, Marta é um dos principais nomes que falam pelos direitos das mulheres no esporte, que inspira meninas no Brasil e no mundo.
- Mia Hamm (EUA): Com dois títulos de Copa do Mundo (1991 e 1999) e duas medalhas de ouro olímpicas (1996 e 2004), ela ajudou a escrever capítulos dourados da história do futebol feminino nos Estados Unidos. Dentro de campo, Mia comandava, criava e exibia toda a sua técnica. Fora dele, tornou-se uma bandeira, carregando o futebol feminino nas costas num momento em que ele ainda buscava respeito e espaço.
- Birgit Prinz (Alemanha): Prinz é sinônimo de poder e precisão. Dois títulos de Copa do Mundo (2003 e 2007) e uma carreira recheada de conquistas que a colocam entre as maiores da história. Atacante com presença marcante e goleadora, ela ajudou a transformar o esporte em território de excelência e respeito.
As Jogadoras Mais Promissoras
- Sam Kerr (Austrália): Com faro de gol, a atacante já brilhou nas ligas da Austrália e também nos gramados da NWSL nos Estados Unidos, deixando rastros de talento por onde passa. Líder nata, a capitã da seleção da Austrália atua no Chelsea, da Inglaterra desde 2019 e é pentacampeã da liga inglesa.
- Vivianne Miedema (Países Baixos): Inteligente, precisa e goleadora invejável, é o grande nome da seleção da Holanda. No Arsenal, da Inglaterra, tem uma média impressionante de um gol marcado a cada 83 minutos. Não é exagero dizer que ela é um dos maiores tesouros do futebol feminino e ainda tem muito mais a oferecer.
- Fran Kirby (Inglaterra): Referência na seleção da Inglaterra, Kirby por muitas temporadas também foi considerada a alma do Chelsea, também inglês. Pelo clube londrino, foi multicampeã, mas na temporada decidiu mudar. A atacante deixou a zona de conforto de Chelsea e se transferiu para o Brighton & Hove Albion.
Futebol Feminino no Brasil
A História do Futebol Feminino no Brasil
No Brasil, a história do futebol feminino é marcada por uma cicatriz que jamais será esquecida. A trajetória da modalidade no país foi repleta de obstáculos, sem qualquer estrutura e muito preconceito.
Mas tudo pirou em 1941, quando o governo, na época comandado por Getúlio Vargas, simplesmente proibiu as mulheres de jogarem futebol, alegando que isso ia contra a “natureza feminina”. Um absurdo que durou quase 40 anos, até 1979, quando finalmente liberaram a prática.
Após o longo período de inatividade, as coisas começaram a andar, mesmo que devagar. Os clubes passaram a montar times femininos, e os campeonatos regionais começaram a surgir.
Ainda assim, a realidade ainda era dura. O futebol feminino seguia escondido, sem dinheiro e a atenção que merecia.
Foi só nos anos 2000 que o jogo começou a virar de verdade. As ligas ficaram mais organizadas, as seleções de base começaram a ganhar força e, aos poucos, o futebol feminino brasileiro foi encontrando seu espaço – ainda longe do ideal, mas cada vez mais impossível de ser ignorado.
Campeões do Campeonato Brasileiro
- 2013: Centro Olímpico
- 2014: Ferroviária
- 2015: Rio Preto
- 2016: Flamengo
- 2017: Santos
- 2018: Corinthians
- 2019: Ferroviária
- 2020: Corinthians
- 2021: Corinthians
- 2022: Corinthians
- 2023: Corinthians
- 2024: Corinthians
Seleção Brasileira de Futebol Feminino
A Seleção Brasileira de Futebol Feminino é soberana nas conquistas da Copa América, competição que reúne as seleções da América do Sul. Desde a primeira edição, no início dos anos de 1990, foram oito troféus (1991, 1995, 1998, 2003, 2010, 2014, 2018 e 2022).
Referência no futebol feminino do Brasil e no Mundo, a atacante Marta tem papel fundamental com a camisa verde-amarela. Além das três Copas América conquistadas (2003, 2010 e 2018), Marta comandou a seleção nas medalhas de ouro nos Jogos Pan-americanos de Santo Domingo, em 2003, e no Rio, em 2007.
Em seu histórico recente, a Seleção Brasileira viveu momentos de altos e baixos. Em 2023, a equipe caiu na primeira fase da Copa do Mundo realizada na Austrália e da Nova Zelândia. A queda na etapa de grupos marcou a pior campanha da Seleção na história.
No ano seguinte, em 2024, veio o outro lado da moeda. Nos Jogos Olímpicos de Paris, a Seleção surpreendeu e chegou à final, sendo superada pelos EUA, na conquista de sua terceira medalha de prata.
Desafios e Conquistas do Futebol Feminino
Desafios Enfrentados pelas Mulheres no Futebol
O futebol feminino, apesar de ter dado grandes passos nas últimas décadas, ainda tem uma longa caminhada pela frente. A visibilidade aumentou, mas os desafios continuam batendo na porta, e os obstáculos parecem não dar trégua.
Preconceito, discriminação, e até o desenvolvimento desigual das ligas nacionais são entraves a serem encarados para que futebol feminino cresça de forma sólida e justa em todos os cantos do mundo.
A disparidade de salários entre homens e mulheres é um dos pontos mais doloridos e urgentes a se resolver. Essa luta não é apenas sobre dinheiro, mas principalmente sobre reconhecimento.
É sobre garantir que as mulheres no futebol recebam o mesmo respeito e a mesma valorização que os homens. A diferença no bolso impacta na motivação, mas também coloca em xeque o quanto a sociedade realmente enxerga o futebol feminino como um esporte de igual importância.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a seleção feminina, que tem sido um sucesso absoluto, incluindo quatro Copas do Mundo, travou uma batalha gigantesca por igualdade salarial. Em 2019, as jogadoras entraram na justiça contra a US Soccer, apontando a discriminação de gênero.
O processo trouxe à tona um abismo de diferenças, desde o pagamento até as condições de trabalho. Mas, em 2022, a US Soccer finalmente anunciou que as seleções masculina e feminina receberiam salários iguais – uma conquista que ainda é um marco, mas que deixa claro que a luta é contínua e precisa ser estendida para outros países.
Na Europa, seleções de países como Espanha, França e Inglaterra também têm levantado bandeiras e feito barulho sobre a diferença salarial. Em muitos lugares, a pressão da opinião pública tem forçado algumas mudanças, e as jogadoras conquistaram aumentos e melhores condições.
Mesmo assim, imaginar uma paridade salarial ainda parece um sonho distante, algo utópico.
Conquistas Recentes e Avanços no Esporte
O futebol feminino tem ganhando força de uns tempos para cá. O fator financeiro tem influência direta nessa evolução. O investimento na modalidade tem aberto portas para melhorias que antes pareciam impossíveis. As condições de treino, a estrutura dos campos, a qualidade das competições, tudo isso tem dado um salto enorme.
Outro fator importante é que muitos clubes que priorizam o futebol masculino agora estão de mãos dadas com as equipes femininas. Essas parcerias têm sido uma verdadeira ponte, ligando o que antes parecia distante. Alguns desses clubes oferecem aos times femininos toda a estrutura oferecida ao masculino.
Os gigantes como Barcelona, Real Madrid e Manchester United fazem altos investimentos para oferecer às suas equipes femininas as melhores condições de treino e infraestrutura.
O resultado deste apoio é refletindo campo, com ligas femininas cada vez mais fortes, com times mais competitivos e um futebol de alto nível. A cada jogo, mais público vai aos estádios e audiência na TV só aumenta.
Futebol Feminino na Mídia
O Papel da Cobertura Midiática
O futebol feminino tem atraído cada vez mais interesse da mídia. As grandes emissoras, os streamings e até os portais de notícias têm aberto espaço com a transmissão de partidas, reportagens contando histórias de jogadoras e ajudando a impulsionar o esporte.
O efeito disso é que cada vez mais torcedores têm aparecido para acompanhar a modalidade, novos patrocinadores se animam e investidores enxergam um futuro promissor.
Os jogos ao vivo, seja na TV ou na internet, levaram o futebol feminino para todos os cantos do mundo. O acesso às partidas está cada vez mais acessível e com diversas opções de acesso.
No mundo digital, blogs, redes sociais e sites especializados começaram a aparecer. Já é possível encontrar veículos que todo dia fazem análise das partidas, entrevistas e melhores momentos dos jogos.
O mercado também não perdeu tempo. As marcas estão de olho, enxergando no futebol feminino um território fértil para investir. E com dinheiro entrando, os times ganham estrutura, as jogadoras têm mais suporte, e o esporte finalmente começa a colher os frutos de tanta luta.
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