Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, o futebol feminino terá mais seleções do que o masculino. A decisão histórica foi anunciada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta quarta-feira (9) e reflete o crescimento exponencial da modalidade, especialmente nos Estados Unidos, país-sede da edição de 2028.
A partir de Los Angeles 2028, serão 16 seleções femininas disputando a medalha de ouro, enquanto o torneio masculino contará com 12 equipes. Essa mudança inverte o cenário tradicional dos Jogos, onde as competições masculinas contavam com mais participantes.
Segundo Kit McConnell, diretor esportivo do COI, a decisão visa acompanhar o aumento da popularidade e da visibilidade do futebol feminino, que vem liderando entre os esportes coletivos em termos de audiência e venda de ingressos.
Evolução da modalidade ao longo dos anos
O futebol feminino estreou nas Olimpíadas de Atlanta 1996 com apenas 8 equipes. Em Atenas 2004, o número subiu para 10, e em Pequim 2008, chegou a 12 seleções. Agora, com 16 seleções em Los Angeles 2028, o avanço se consolida como um marco histórico para o esporte.
A novidade faz parte de um movimento mais amplo do COI para promover a igualdade de gênero nos Jogos Olímpicos. Em Los Angeles 2028, todos os esportes coletivos terão ao menos o mesmo número de equipes masculinas e femininas.
Além disso, essa será a maior edição da história dos Jogos, com 351 disputas de medalha — 22 a mais que em Paris 2024. Estima-se que mais de 11.198 atletas participem do evento, sendo a maioria mulheres. Ao todo, serão 5.655 mulheres e 5.543 homens, número que pode variar devido às competições mistas, como o hipismo.
O número de provas também aumentará. Estão previstas novas disputas mistas na ginástica artística, remo, tênis de mesa, atletismo e golfe. Além disso, haverá provas inéditas na natação e na escalada esportiva.
Modalidades como beisebol/softbol, críquete, flag football, lacrosse e squash também farão parte do programa olímpico em 2028.
A decisão do COI contou com o apoio da FIFA, que considera a ampliação das seleções femininas um “sinal forte” para o desenvolvimento global da modalidade. Com os EUA sediando tanto a Copa do Mundo Masculina em 2026 quanto a Feminina em 2031, a expectativa é que o futebol feminino siga sua trajetória de crescimento e conquiste ainda mais espaço no cenário esportivo internacional.